AUTORIA DA PINTURA:MARIA MADALENA PRATA SOARES
De amor, por amor!
TEXTO USADO POR ADRIANA FERREIRA NO XIX SEMINÁRIO DE SONHOS EM TIRADENTES, 2013.
JAN GRAND
É
aqui - neste mundo, neste corpo - que a alma se envolve com as práticas que a
sintonizam com o mais amplo sentido, onde ela forma a si mesma eticamente,
refina sua percepção em termos que transcendem seu próprio sentido de self
individual.
Finalmente
há a formação do organismo como um todo, o desenvolvimento de um estágio em
direção a Self e Mundo, a soma total das qualidades da pessoa em uma imagem.
Aqui
temos a forma de amar ou sua falta, a forma da vontade, a imagem da flacidez ou
rigidez em movimento em um estilo de vida.
Há
uma vontade para fazer forma, no movimento do liquido, energias, fases,
mudanças de densidade e qualidades do que somos, no nosso movimento e desejo,
no nosso pensamento e conexão com o mundo.
A
partir de nossa história racial, a partir da influência das estrelas, de ideias
políticas e imagens artísticas, a partir da linguagem e suas interações nos
fazemos forma, fazemos imagens, trabalhamos o mundo.
Nós
somos este constante formar e fazer forma, trazendo inúmeros focos de
atividade, níveis de organização, arquiteturas de funcionamentos – esta é a
atividade da alma.
Esta
concepção nos da a classe de manter nosso sentido de riqueza, questionamento e
sagrado na vida , em todas as suas camadas.
Nos
permite valorizar simultaneamente nossa vibração e nossa paixão, nossa
racionalidade e nossa contemplação, nosso movimento e nossa conexão com o
mundo.
Nós
podemos nos reconhecer como este constante criar e formar qualidades, dar forma
a tantas arquiteturas da experiência, uma co-criação, um processo criativo de
multicamadas, conectado as lutas históricas da humanidade na sua criação e
formação de seu futuro!
Ao
enfatizar a natureza formativa dos processos da ALMA, as arquiteturas do
tornar-se,
nós sublinhamos a função estética da seletividade e construção, nos identificamos com o processo de criação em todas as dimensões de
nosso FAZER CORPO.
Nas
condutas de nossa carne encontramos uma sustentada ética da estética da criação
e nos tornamos compromissados com as qualidades e valores que nós literalmente corporificamos.
Ha
uma linguagem ancestral e poética que existe PARA ISTO. Nos tornamos, assim se
diz, guardiões e pastores , tillers no
campo.
No modo como vivemos
nossa carne, nosso corpo, nossa excitação, o modo como respiramos e movemos, em
nossas ações e obrigações, em nossos sonhos e historias, nos reconhecemos que
somos artesãos da alma viva!
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